Primeiro tens de crescer, tens de ganhar maturidade. Quando experimentares todas as personalidades na adolescência, descobres a tua e aí, aí tens de saber lidar com ela, tens de conseguir que os outros lidem com ela também. Sim porque os “outros” também são importantes, são eles que te ajudam a crescer.  Os outros tanto podem ajudar, como te tramar na vida, mas em ambos aprendes alguma coisa, por mais mínima que seja. Tens de saber ouvir mais e falar menos. Tens de errar muito. Tens de aprender quando e em quem deves confiar. Tens de aprender a criar amizades, porque sem elas tu não és ninguém. No fundo tens tudo e nada pois a vida é como um jogo de cartas, tens de as saber jogar e no tempo correcto. Mas são muitos jogadores, alguns deles perdem se queres ter tens de ganhar o jogo.

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Nunca fui boa em manter uma conversa, nem saber ter as palavras certas para aqueles momentos complicados, realmente eu não sei onde alguma vez fui boa nalguma coisa. Só há uma coisa que sei que sou realmente boa a fazer, que é em não dar importância a coisas que toda a gente quereria não dar importância. Talvez não seja a melhor amiga para dar aqueles concelhos que toda a gente gosta de ouvir, as palavras que toda a gente nos seus piores momentos gosta de ouvir, não realmente nisso não tenho jeito nenhum, não sei falar sem ser totalmente completamente sincera. Talvez seja frontal demais, talvez tenha falta de bom senso, mas e depois? Eu  sou assim e não tenciono mudar.

Sou boa em não dar importância às coisas que não a merecem. Não gosto de gastar o meu tempo a importar-me com coisas fúteis, coisas às quais não devo nada. As pessoas têm de aprender que a vida é mesmo assim, às vezes tens sorte, outras não. E se não souberes lidar com os teus problemas, quem irá? Cada um tem a sua maneira, há pessoas que choram imenso com uma decepção, há outra (EU) que não quero nem saber, desligo completamente disso e passo à frente com a minha vida. Acho que as pessoas deviam ser mais assim, dispostas a tudo e ao mesmo tempo a nada.

Querer e fazer

Há que sabes diferenciar o querer do fazer. Muito gente acha que é fácil relacionar estas duas coisas, mas não é amigos! Tu podes querer muito uma coisa, mas pura e simplesmente não conseguires fazê-la, praticá-la. Pode ter haver com o teu feitio, com o teu orgulho, com o facto de simplesmente não conseguires. Tal como podes fazer sem querer, é exactamente a mesma coisa.

Tudo a seu tempo

Houve um dia que tudo mudou, tudo tornou o seu rumo, já estava tudo destinado. Os teus amigos já tinham os seus namorados/as, já tinham o seu curso, já estavam a ir para a faculdade, tudo estava certo com eles. Os namorados/as já faziam parte das suas vidas, já não havia muito espaço para os amigos do secundário, ou talvez até de infância. 

Tudo estava certos com eles, mas contigo não, continuava tudo na mesma bagunça  de sempre nada estava no sitio, ainda não tinha mudado o rumo. Tu continuas no secundário, talvez ainda não te tenhas decidido do curso, ainda não tens ninguém a quem possas apresentar a família como 'namorado', ainda no 'ser ou não ser' e, porquê? Na verdade não sabes, mas porquê é que ainda não tens ninguém a quem possas chamar de namorado/a, se calhar já está na altura de assentares, de parares de namoriscares, de parares de teres UM namorado, e passares a ter O  namorado. Talvez também já tivesse na altura de te decidires daquilo que queres seguir, e não andares aí feita barata tonta.

Mas agora que penso, tu tens de ser igual aos teus amigos? Tens de fazer tudo o  que eles fazem à mesma altura? NÃO, tu só estás a viver a TUA vida, e só é a tua vida que interessa, podes não ter agora um namorado mesmo sério, mas podes vir a ter daqui a uns tempo, podes ainda não te teres decidido enquanto ao curso, mas quem sabe daqui a uns tempos não possas vir a ter a certeza daquilo que queres seguir. Apenas estás a viver com calma, como tu queres. Tens de saber aproveitar a vida ao máximo, afinal de que serve teres um namorado a esta idade, para apresentares à família, se depois não podes ter a vida que desejas? Não serve de nada, vive a vida a 100%, faz o que tiveres de fazer quando tiveres de fazer.

Passeio

Exprime a tua raiva, vai correr, vai dar um passeio, vai "arejar" as ideias sozinha, sem ninguém a tua volta. És tu e o mundo, nada mais. Pensa, pensa tudo aquilo que tens para pensar, grita tudo aquilo que te apetecer, chora tudo o que tiveres para chorar. Durante esse 'suposto passeio' faz tudo aquilo que te apetecer, não tenhas medo de nada. 

E quando saíres desse passeio vais-te sentir como nova, como se uma grande carga de peso te saísse de cima, vais-te sentir livre dessa tristeza, dessa angustia. E aí? Aí vais tentar voltar a ter aquele sorriso todos os dias, vais voltar a ser aquela parva que faz rir toda a gente, e aí vais voltar a ter a TUA personalidade que a tristeza te roubou

Precipício

Sabes quando cais de um precipício? Pronto é exactamente  isso, estás lá no topo e vens a descer a descer, mas não é lentamente é de uma vez só. Estás no teu auge de felicidade e assim de um momento para o outro, de um dia para o outro, passas para o auge da tristeza. Nada faz sentido, nada parece bem, e tu estás ali sem saber o que fazer. Os teus dias já não são os mesmo, pior, tu já não és a mesma e depois pensas que as pessoas a tua volta já não são as mesmas também. Chega a uma altura que já não sabes distinguir o que é imaginação e realidade. 

Os dias são sempre cinzentos, é como se estivesse sempre de chuva. Já nem tens vontade de te levantares da cama para ires viver 'o teu dia'. A disposição começa a ser pouca, muito pouca mesmo. E a pergunta agora é: será que isto é das hormonas da tua "suposta adolescência"  ou estará-se a passar algo contigo? Perguntas sem respostas.